terça-feira, 30 de novembro de 2010

Confraternização

Silene, Iracema, eu, Celina e Tisato - dezembro de 2009.

Na Disney

No Islands of Adventures, em Orlando - USA - junho de 2005.

Sentimentos

Sentimentos...
Confusão de pensamentos
Um querer fugir
Um querer ficar.

Vontade de amar
E de se perder
De alçar voos nas asas da paixão

Sentimentos...
Profusão de sensações
Um querer bem
Carrilhão de emoções.

Malu Pedarcini

Matéria para a Cães & Cia

Matéria para a revista "Cães e& Cia" - 1985

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Torres

Eu e Édna, em Torres, no Rio Grande do Sul  - fevereiro de 1984.

Na terra de Gabriela

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Solange e eu, em Ilhéus, na Bahia - fevereiro de 1983.

Pagu, a musa revolucionária

Linda, extravagante, excêntrica, vanguardista, mulher à frente do seu tempo. Para a família sempre foi a Zazá, mas o apelido com o qual ficou conhecida foi Pagu, dado pelo poeta Raul Bopp.
Nasceu Patrícia Rehder Galvão e desde cedo já mostrava a que veio. Com apenas 15 anos já escrevia para jornais, sob o pseudônimo de Patsy. Foi a primeira mulher a ser presa no Brasil por participação na política.
Com apenas 18 anos integrou o movimento antropofágico, do qual faziam parte Oswald de Andrade e Tarsila do Amaral. Mais tarde ela se casaria com Oswald, com o qual teve um filho e se tornariam militantes do Partido Comunista.
Essa menina avançada quis ver ao vivo a realidade dos países comunistas e em 1934 embarcou numa viagem que a fez refletir, pois o que viu não lhe agradou nem aos olhos e nem ao coração e ela escreveu “o ideal ruiu, na Rússia, diante da infância miserável das sarjetas, os pés descalços e os olhos agudos de fome. Em Moscou, um hotel de luxo para os altos burocratas, os turistas do comunismo, para os estrangeiros ricos. Na rua as crianças mortas de fome: era o regime comunista”.
Em 1935 é presa em Paris sob a acusação de comunista estrangeira e é deportada para o Brasil. Fica presa por cinco anos e a pena tem um aumento de mais seis meses porque ela recusa-se a homenagear Adhemar de Barros, interventor federal, que aparece na penitenciária para visitar os presos. Ao sair, desencantada e doente rompe com o Partido Comunista e adota uma linha mais trotskista.
Separa-se de Oswald e casa-se novamente com Geraldo Ferraz com quem vive até o fim da vida e com o qual tem outro filho.
Nesta época, já residindo em Santos, incursiona novamente pela política e participa ativamente da vida cultural da cidade.
Com um câncer Pagu já não é mais a mesma garota da pá virada de outrora e tenta o suicídio.
Vai para Paris submeter-se a um tratamento, mas a cirurgia não oferece os resultados esperados. Volta ao Brasil, decepcionada e mais uma vez tenta o suicídio.
Em 12 de dezembro de 1962, aos 52 anos, a menina bonita que escandalizou a sociedade paulistana quatrocentona, dá adeus à vida.
Fechava ali um ciclo de uma das mulheres mais atuantes e admiradas da cultura em nosso País. Pagu, para quem o poeta Raul Bopp fez os seguintes versos:
“Pagu tem uns olhos moles
  uns olhos de fazer doer.
 Bate-coco quando passa.
 Coração pega a bater.

 Eh Pagu eh!
 Doi porque é bom de fazer doer (...)”


Malu Pedarcini

domingo, 28 de novembro de 2010

Três Praias

Três Praias, em Guarapari - outubro de 1993.

Momentos

Janeiro de 2008.

Matéria para o Jornal Rudge Ramos

Matéria para o jornal "Rudge Ramos" - 1984.

Guerra e Paz

Hoje comentarei um dos livros mais extensos da história da literatura. “Guerra e Paz”, do russo Leon Tolstoi, é uma obra grandiosa, e foi escrito originalmente em 1863. Mais tarde, entre 1866 e 1869, Tolstoi o reescreveu, sem, contudo, destruir o original, publicado na Rússia em 1983.
O livro traz a história das relações conflitantes entre a França, liderada por Napoleão Bonaparte e a Rússia, no período compreendido entre 1805 a 1813.
A partir daí o autor constroi um painel da sociedade da época, onde o pano de fundo são as guerras napoleônicas e as conturbadas relações entre os dois países.
Uma imensidão de personagens povoa a história, com retratos detalhados do povo em sua miséria e em sua opulência. Tolstoi descreve com maestria as diversas camadas da sociedade russa, com os czares e a aristocracia com seu mundo onde predominam relações vazias, ao mesmo tempo em que mostra toda a grandeza do povo russo.
Um livro grandioso, não só no sentido da quantidade de páginas, mas, sobretudo no valor histórico, na descrição da sociedade russa do século 19 e também pelas críticas à guerra e pelo manifesto à paz.


Malu Pedarcini

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Joia arquitetônica

Dona Lydia e eu, na entrada da Catedral de Colônia, na Alemanha - setembro de 1991.

Vaticano

Na cúpula da Basílica de São Pedro, no Vaticano - maio de 1994.

Matéria GM

Matéria para o jornal Gazeta Maringaense - abril de 2009.

Ausência

Quando o amor se fez presente
e invadiu nossas vidas.
Floresceu de um modo urgente
e fechou todas as feridas.

E a felicidade chegou lentamente
trazendo perfumes perdidos.
Fazendo a vida contente
como bálsamos desmedidos.

Quando o amor se fez ausente
e disse adeus na partida.
Calou a voz para sempre,
com a força desferida

Malu Pedarcini

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Praia do Francês

Na praia do Francês, em Alagoas - setembro de 1990.

Sombra e água fresca

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Hotel Marsol, em Natal - outubro de 1993.

O tempo e as nossas escolhas

Nas minhas muitas incursões de leituras encontrei um texto interessantíssimo do escritor Eugenio Mussak, intitulado “O futuro de cada um de nós”.
Nele o autor coloca os vários significados do conceito tempo e a forma que os indivíduos encaram o presente, o passado e o futuro.
Vivemos em um tempo acelerado e às vezes não nos damos conta da importância de um gesto, da realização de um sonho, da concretização de uma meta.
Muitos vivem no passado, como uma forma de fugir da dura realidade, refugiam-se nas lembranças de tempos que não voltam mais e que ficaram perdidos na memória.
Outros constroem a vida sempre esperando por dias melhores. São os eternos sonhadores, cujos pensamentos são asas que voam muito alto. Estes são os que se justificam dizendo que ‘quando eu ganhar na loteria”, “quando eu encontrar o homem ou a mulher ideal”, quando eu entrar na faculdade”, ‘quando eu emagrecer”, etc., etc., etc...
E nesses “quandos” a vida vai se arrastando e os sonhos nunca se realizam, pois os eternos sonhadores não se posicionam para realizar um projeto.
E há os que vivem somente o presente, como se cada dia fosse o último de sua vida.  Estes também pecam por viverem de forma como se não existisse o amanhã.
No texto, Mussak faz uma alusão a uma passagem do livro “Alice no País das Maravilhas”, do escritor Lewis Caroll, onde Alice, perdida, pergunta ao gato qual caminho deve seguir e este a questiona dizendo para onde ela deseja ir, ao que ela responde que não sabe. Muito sabiamente o gato retruca “Se você não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve”.
E é assim que por vezes atônitos não sabemos que caminho seguir, mas o mais importante não é saber o caminho e sim aonde desejamos ir, em que lugar queremos chegar, para que não haja arrependimentos e os sonhos não virem frustrações.

Malu Pedarcini

Namorar é...

Namorar é andar de mãos dadas
Fazer juras de amor
Tomar banho juntos
Comer pipoca no escurinho do cinema
Transpirar, perder o sono
Descobrir novos caminhos
Fantasiar a realidade
Deixar o coração grávido de sentimentos
Amar com liberdade de escolha
Sem receios,
Eroticamente,
Suavemente,
Apaixonadamente,
Provocantemente,
Plenamente.

Malu Pedarcini

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Minha irmã astral

Eu, Bia e Camile - na casa dela em São Paulo - outubro de 2008.

Na terra da fantasia

Luciana e eu, na casa da Minie, na Disney - Orlando - USA - junho de 2005.

Matéria GM

Matéria para o jornal Gazeta Maringaense - maio 2009.

Estupro da língua portuguesa

Herrar é umano, perçistir no erro é burisse”

Não, não se assustem. Não enlouqueci não. Na realidade só estou querendo chamar a atenção para o festival de besteiras que assola a internet. Plagiando Stanislaw Ponte Preta, codinome do escritor Sérgio Porto, que escreveu tão inteligentemente uma obra chamada FEBEAPÁ (Festival de Besteiras que Assola o País), satirizando políticos e autoridades em função das bobagens que diziam, estou coletando dados com os absurdos que transitam pela rede. A princípio por curiosidade, mas são tantos os erros de ortografia, de concordância, que dariam para escrever um tratado sobre o assunto. Diariamente são cometidos verdadeiros assassinatos da língua mater, fazendo do nosso idioma uma verdadeira carnificina.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Trilha na serra

Eu e Juliana, no alto do morro da Marcela, em Cunha, na Serra do Mar - lá embaixo Parati e Angra dos Reis - fevereiro de 2003.

Praia do Futuro

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Eu e Rose, na Praia do Futuro, em Fortaleza - setembro de 1999.

Lamento

Nas madrugadas da vida,
a felicidade ficou.
Essa felicidade tão dura
de ser conquistada.

Lá fora a noite é sombria.
Cheia de fantasmas que povoam mentes e sonhos.
Gera o medo em tudo e em todos
Por isso sol, venha logo!

Malu Pedarcini

Que falta faz La Negra

Faz pouco mais de um ano que Mercedes se foi. "La Negra", foi uma das maiores cantoras latinas. Sua voz forte e inconfundível foi por muitos anos, o grito dos excluídos, das minorias, com foco nas causas sociais. Descendente de ameríndios, com a vasta cabeleira negra, daí a razão do famoso apelido, ela foi a expoente da canção latino-americana.
Cantou verdadeiros hinos como a música “Gracias a la Vida” e "Si se Calla el Cantor". Gravou com músicos brasileiros como Beth Carvalho, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Chico Buarque e Gal Costa.
Presa pelo governo militar argentino e proibida de gravar no final dos anos 70, foi embora do país, para Madri e Paris, e só voltou à Argentina em 1982, já no fim da ditadura. Foi uma lutadora e manifestou isso como embaixadora da Unicef, lutando pelos direitos humanos.
Além de uma cantora magnífica, Mercedes Sosa foi uma mulher de fibra, valente, que ajudou na conscientização dos povos da América Latina, praticando um ativismo sócio-político, paralelo à carreira musical.

Malu Pedarcini

domingo, 21 de novembro de 2010

Jardim Botânico

Helmut, Beatriz, eu, Dani e Samira - entrada do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro - julho de 2009.

Reveillon

Fabi e eu, dentro do carro, à caminho do Olímpico para a virada do ano - 31 de dezembro de 2007.

Matéria para o GM

Matéria para o jornal Gazeta Maringaense - abril de 2009

O Arquipélago

Já escrevi aqui sobre “O Continente” e “O Retrato” e agora para finalizar a resenha sobre a trilogia “O Tempo e o Vento” de Érico Veríssimo, abordarei o terceiro livro que é “O Arquipélago”.
Este livro lançado em 1962 continua a história de Santa Fé e da família Cambará e vai até o ano de 1945.
Nele o autor mostra a volta do doutor Rodrigo Cambará do Rio de Janeiro, para a província de Santa Fé, no Rio Grande do Sul. Essa mudança vai trazer mais vida à cidade e só termina com a queda de Vargas em 1945, com Rodrigo já doente e vendo sua família se desintegrar.
O livro reconstitui aspectos da vida social e política do interior do Rio Grande, do governo do ditador Borges de Medeiros, das eleições fraudadas, das arbitrariedades e violências policiais, do coronelismo, do banditismo e do capanguismo, presentes nas páginas da obra, que mostra não apenas a derrocada da família dirigente e a decadência política dos estancieiros gaúchos como também a emergência vitoriosa dos novos grupos sociais, especialmente o dos alemães e dos italianos.

Malu Pedarcini

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Belo Ceará

Eu, Luisa e Bia, na praia Porto das Dunas, no Ceará - outubro de 1993.

Nas terras do descobrimento

Bia, Luisa, eu e Edison, em um passeio de barco para a praia de Santo André, em Santa Cruz de Cabrália, na Bahia - setembro de 1992.

Matéria para a Cães & Cia

Matéria para a revista "Cães & Cia", em 1985.

Um dia qualquer

O ponto de ônibus está cheio de gente, todos à espera do coletivo que está demorando mais do que o costume. A chuva cai insistentemente e transmite a sensação de tristeza, de abandono.
Os pingos chocam-se violentamente contra as vidraças das casas vizinhas. Aguardando na calçada, só com a proteção de negros guarda-chuvas, as pessoas continuam na espera do ônibus.
De repente, ele surge e para no ponto. As pessoas são engolidas por ele. Parte tal qual chegou, deixando atrás de si a rua vazia, abandonada, sob o domínio dos pingos d’água que continuam a cair indiferentes.
Parecem cristais vulneráveis que se desmancham em contato com o chão.

Malu Pedarcini

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

No cais

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Eu e Silene, no porto em Mykonos, na Grécia, aguardando o embarque para a ilha de Delos - setembro de 1998.

Em terras capixabas

Bia (atrás), Ada, Zacca e eu, no Hotel Senac Ilha do Boi, em Vitória, no Espírito Santo - abril de 1989.

Pequeno, Grande Otelo

Negro e mirradinho, o que lhe faltava em estatura, sobrava-lhe em talento.  Esse mineirinho nasceu Sebastião Bernardes de Souza Prata, mas foi como Grande Otelo que ficou conhecido no Brasil e no mundo.
A vida não foi fácil para Sebastião. Seu pai morreu esfaqueado e a mãe era alcoólatra. Descobriu a vocação aos oito anos de idade quando assistiu ao filme O Garoto, de Charles Chaplin, e ficou fascinado com a atuação do menino Jacques Cougan.
Menino ainda fugiu de casa para acompanhar uma companhia de teatro mambembe. Mas ele era inquieto demais, fugiu novamente e acabou indo para o Juizado de Menores.
Teve sorte. Foi adotado pela família do político Antonio de Queiroz. A mulher de Queiroz, Dona Eugênia, tinha ido ao Juizado para conseguir uma ajudante na cozinha, mas em vez da cozinheira acabou levando para casa o menino que sabia declamar, dançar e fazer graça.
Na década de 30, entrou para a Companhia Jardel Jércolis, do pai do saudoso Jardel Filho e um dos pioneiros do teatro de revista. Ganhou o apelido de pequeno Otelo, mas preferiu "The Great Otelo". Traduzindo para o português virou Grande Otelo.
Mas a tragédia viria mais uma vez bater na sua porta. Na década de 40, já casado, sua mulher se matou após envenenar o próprio filho, de seis anos.
Do teatro de revista para as chanchadas foi um pulo. Formou com Oscarito uma das duplas mais engraçadas do cinema brasileiro. Mas se você pensa que ele era apenas um ator que se dava bem na comédia, saiba que sua filmoteca traz trabalhos de alto nível dramático como "Lúcio Flávio - Passageiro da Agonia" e 'Rio, Zona Norte".
Mas com certeza o personagem mais verdadeiro que ele interpretou tenha sido Macunaíma, do filme homônimo, da obra de Mário de Andrade. A cena do seu nascimento é incrível e mostra todo o potencial do pequeno Grande Otelo.
O grande cineasta americano Orson Welles o considerava o maior ator brasileiro e juntos fizeram um filme em 1942, It's All True. Fez outros filmes internacionais como "Fitzcarraldo" (1982), do alemão Werner Herzog, filmado na selva do Peru, Otelo precisava fazer uma cena em inglês, mas resolveu falar espanhol. Quando o filme estreou na Alemanha, aquela foi a única cena aplaudida pelo público.
Além de ator, cantor e compositor, também incursionou pelo mundo das Letras. Escrevia poesias e publicou o livro “Bom dia, manhã’.
Dizem que ele fugia de homenagens, talvez por causa da emoção. Ironicamente ao viajar para Paris onde receberia uma homenagem no Festival de Nantes, teve um enfarte ao desembarcar. Seu velho coração, já abalado por três enfartes, não aguentou tanta emoção.
Morria ali um ícone do cinema brasileiro. O pequeno Sebastião deixava a vida para representar lá no andar de cima entre anjos no teatro celestial.

Malu Pedarcini

Zacca

 Eu e Zacca, dançando - abril de 1990.

Alguém já disse que existe na amizade uma permuta mais generosa e íntima que em qualquer outra relação. Eu acredito piamente nisso, pois amigos são escolhas que fazemos e, portanto, via de regra, permanecem nas nossas vidas para sempre.
E alguns ultrapassam a tênue linha da vida e da morte e continuam presentes mesmo depois de terem partido.
Com meu amigo Zacca é assim. Ele se foi há muito tempo, mas permanece vivo na minha memória, nos momentos felizes que vivemos, nas brigas que tivemos, nas risadas que demos e nas lágrimas que choramos.
Éramos inseparáveis, adorávamos viajar e sempre estávamos juntos. Falávamo-nos umas “trocentas” vezes ao dia e após um dia de trabalho em que nos sentávamos lado a lado e falávamos, falávamos e falávamos, íamos pra casa e ao chegarmos nos ligávamos para ‘fofocar” e gargalhávamos.
Brigávamos também, porém nossas rusgas não duravam meia hora. Não conseguíamos ficar “de mal”.
Ele dizia que eu era a irmã que ele não teve e para mim ele era mais um irmão dos muitos que eu tinha.
Mas, um dia, aquele ser iluminado, alegre e amigo morreu e me deixou só.
Um pouco da alegria que eu tinha se foi com ele e acho que não voltará nunca mais.
O consolo é saber que onde ele estiver deve estar espalhando felicidade, pois Zacca era a personificação da alegria e do bom humor.

Malu Pedarcini

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Meu tipo de homem *

 No Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro - janeiro de 2010

Ah, meu tipo de homem tem que ser leal, sincero e sobretudo ter caráter. Não precisa ser belo, rico ou fazer sucesso, mas tem que ter bom humor, saber rir de si mesmo, ter a compreensão que a vida nos foi dada como um presente de Deus e devemos vivê-la com postura, com coerência. Meu tipo de homem tem que ser romântico sem ser piegas, ser sensível e não ter vergonha de chorar se preciso for, pois isso não o faz menos másculo, menos homem. Tem que ser fiel, pois acredito no amor verdadeiro em que um se completa no outro sem com isso sufocar. Tem que ser amigo, cúmplice, amante, saber ouvir e ouvindo saber entender. Tem que ser muito verdadeiro e inteligente para conversarmos sobre temas variados sem nos sentirmos entediados um com o outro. Tem que confiar em mim, assim como confiarei nele. Não pode ser ciumento, controlador, manipulador e mentir. Será que é utopia querer alguém assim?

*  Eu posso dizer que sou privilegiada, sortuda, ou seja lá o que for, pois há dois anos encontrei uma pessoa exatamente assim.

Malu Pedarcini

Maria

Na pedra do Baú, em Campos do Jordão - outubro de 1996.

Fiz esta poesia para a Maria mais importante da minha vida. Fiz para a Maria, minha mãe. Foi escrita há muito tempo, muito tempo mesmo. Eu era uma adolescente, por isso a simplicidade dos versos, mas o amor que eu tinha por ela era imenso, assim como o dela por mim.

Maria
Teu nome é poesia
Acalanto e encanto
Um doce ninar.

De dia no tanque
A tarde na pia
Estás sempre presente
Em seu labutar.

Maria, Maria
Um som de magia
Sorrindo contente
Esperando o amanhã.

Enquanto esperas
Semeias carinho
Retribuindo com muito
O pouco que lhe dão.

Por isso Maria
Teu nome é poesia
Eterna magia
Imorredoura canção.

Malu Pedarcini

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Na Cote D'Azur

Praça Albert I, em Nice, na França - setembro de 1991.

Lagoinha

Praia da Lagoinha, no Ceará - setembro de 1999.

Matéria GM

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Matéria para o jornal Gazeta Maringaense - abril 2009.

Adivinha?

Adivinha porque estou aqui?
e adivinha porque meu coração está saltitante?
Será que consegue adivinhar o por quê?
Vou lhe dizer então:
são sentimentos envolvidos com desejos,
mistura turbulenta
que alteram até meu metabolismo,
fazendo-me esquecer das horas.
 São segredos a serem desvendados,
promessas de momentos inesquecíveis.
Momentos instigantes, além da imaginação.
É essa vontade...
esse desejo...
de viver um grande AMOR.

Malu Pedarcini

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

No paraíso

Na ilha Paraíso, na Bahia - outubro de 1992.

Momentos

Junho de 2008

Crianças do Brasil

Maria Luzia, uma pequena garotinha de oito anos de idade, moradora do sertão de Pernambuco, num lugarejo chamado Araçoiaba. Tem apenas oito anos, mas parece ter bem menos. Consequência da desnutrição, da fome. Habita um casebre paupérrimo com os pais e quatro irmãos. Fala com uma naturalidade espantosa dos dias e noites de fome, de estômago vazio e como faz para ludibriar a dor no estômago e no coração, esta última, segundo ela, mais triste, mais forte. Come terra para aliviar a fome. Eu aqui no meu conforto vendo o noticiário fico chocada e sensível choro. Eu também, Maria Luzia, vejo-me criança, infância sem luxos, penúltima de seis irmãos. A vida, porém me tratou muito melhor. Nunca passei fome, consegui estudar e ter um bom emprego. Tenho uma estabilidade invejada por muitos. Gostaria mesmo de nunca mais ouvir notícias sobre a existência de outras Marias Luzias. Que nesse meu país que tanto amo não houvesse mais tanta desigualdade social. Sei também que não adianta só culpar os governantes. Nós como sociedade temos a nossa parcela de responsabilidade. Enquanto não nos conscientizarmos haverá muitas outras Maria Luzias, Anas, Josés, Pedros, etc.
Temos que fazer a nossa parte.

Malu Pedarcini

Viagem

Teu rosto surge
assim...
de repente,
inesperadamente,
e invade minhas manhãs.
Teus olhos brilham
como noite estrelada
Estrelas incandescentes,
Refletem em mim
o espelho da alma.
Teu sorriso reluzente
Cor de marfim
Derrete tudo em mim.
Tuas mãos acariciam
Viajam
em buscas sem fim.
Seu corpo vibra
Em ritmo louco
Em mim
Prá mim...
E mansamente,
nos fazemos UM.

Malu Pedarcini

domingo, 14 de novembro de 2010

Momento zen

No condomínio Vila do Sol, em Massaguaçu - Caraguatatuba - dezembro de 2008.