sábado, 30 de abril de 2011

A volta com faixa e tudo

Em Buenos Aires fomos conhecer também o bairro de Caminito, de Corrientes, a avenida 9 de Julho, a Calle Florida, a Plaza de Mayo, o Bosque de Palermo, etc.

Comemos muito chorizo, um corte de carne tipicamente argentino, uma delícia. E também fizemos muitas compras de malhas, puloveres, cachecois.
Antes de vir embora eu, Bia, Aninha e Zacca ligamos para a Varig para confirmar nossas passagens de volta por causa do overbooking. A Sandra e a Joceli não quiseram confirmar a delas e disseram que não era preciso. Aí já viu o que aconteceu né? Fomos para o aeroporto e só nós quatro conseguimos embarcar, elas tiveram que voltar para o hotel e vir no dia seguinte.
Ao desembarcarmos no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, vimos umas pessoas lá fora com faixa, um fuzuê danado e achamos que no voo também havia alguma celebridade. Nem percebemos que era prá nós.

Só quando chegamos pertinho vimos que eram nossos amigos Edson, Ricardo, Ada, Ivani e Beto que tinham ido nos nos buscar e trouxeram uma faixa de boas vindas.
Os olhares de quem passava pelo local me deixaram morta de vergonha. Ah, esses meninos! Sempre aprontando.

Malu Pedarcini

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Uma noite memorável

Embarcamos no dia seguinte para Buenos Aires em um voo das Aerolíneas Argentinas. Estávamos na maior expectativa em conhecer a cidade do tango.
Buenos Aires (Bom Ares em português) é a capital federal da República Argentina e a terceira maior cidade da América do Sul.

É um dos mais importantes centros culturais da Argentina e da América Latina e possui grande quantidade de museus, teatros e bibliotecas.
Os shows de tango são um dos principais atrativos da cidade, até porque constituem uma das características mais afamadas da cultura argentina. São muitas as casas de espetáculos que apresentam shows variados de dança e música, muito procurados por quem faz turismo na cidade.
E foi numa dessas casas de  tango, chamada Tango Mio, que eu, Sandra e Joceli fomos numa noite. Os demais não quiseram ir e foram jantar numa churrascaria tipicamente argentina. Essa casa noturna tinha em seu cast o famoso artista portenho Fernando Soller que cantava e dançava, dando um show que nos deixou encantadas.

Na nossa mesa tudo da melhor qualidade, tanto a carne servida com fartura quanto o vinho de excelente procedência. E nós naquele entusiasmo fomos bebendo uma garrafa após outra. Prá quem não está acostumada a tomar mais que um cálice, aquilo foi nos deixando um tanto “alegrinhas”.

Para culminar, Fernando Soller em pessoa veio até nossa mesa para brindarmos com champanhe. Acho que naquele momento fomos invejadas por todos os presentes, visto que aquele homem lindo fez um brinde a nós três.

Aproveitamos e pedimos para tirar uma foto e depois a Joceli ficou brava porque ela que pediu para tirar a foto e ele me abraçou, mas juro que não tive nada com isso. Foi ele que se aproximou de mim e colocou a mão na minha cintura. Voltamos para o hotel leves e felizes e claro um tanto “altas” em função de tanto vinho e champanhe. Aliás, até hoje não lembro como chegamos ao hotel. Só sei que ríamos muito e acabamos acordando os outros. No outro dia o Zacca nos censurou pelos nossos excessos alcoólicos. Mas foi uma das noites mais divertidas que já tivemos oportunidade de viver.

Malu Pedarcini

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Bariloche

Eu, Sandra e Aninha, no Hotel Aconcágua, em Bariloche

Todo dia ao tomarmos nosso café da manhã no hotel, um dos garçons, um senhor distinto, nos trazia uma maçã assada com mel. Disse que só fazia aquilo para nós, pois tinha se simpatizado com a gente. Quando voltei tentei fazer em casa, mas nunca ficou com o mesmo sabor como o daquela que comíamos lá. Acho que o clima, a paisagem e as companhias ajudaram a marcar o gosto daquela iguaria deliciosa.
Uma manhã eu, Zacca e Aninha estávamos aguardando o elevador para descermos e duas camareiras nos interpelaram perguntando se éramos irmãos, pois estávamos os três no mesmo quarto. Dissemos que não, que éramos amigos e isso causou um olhar de estranheza entre elas. Acho que elas ficaram pensando que éramos uns pervertidos pelas caras que fizeram.

Ficamos ainda uns dias em Bariloche e fizemos vários passeios pelos arredores da cidade, por sinal paisagens lindíssimas.

Malu Pedarcini

domingo, 17 de abril de 2011

Flagrante

Bariloche estava literalmente invadida por estudantes. Por onde andávamos cruzávamos com um bando deles. Como todo adolescente faziam um barulho imenso, falavam alto, gargalhavam, cada qual querendo aparecer mais que o outro. No hotel em frente ao nosso tinha um desses bandos hospedados. À noite olhando pela nossa janela vimos os rapazes todos pelados e com a janela aberta. Nem se importavam se tinha gente olhando ou não. Apagamos as luzes do quarto e ficamos olhando tudo aquilo. Só que o Zacca resolveu atrapalhar, entrou no quarto subitamente e nos pegou no flagra. Fez o maior escarcéu. Resumindo, para não chamar a atenção fechamos a janela e nos furtamos de ver aquele espetáculo.

Malu Pedarcini

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Susto nas alturas

A subida para a primeira parada do Cerro Catedral é feita de teleférico. Lá em cima tem um restaurante giratório para os turistas se abrigarem do frio.

 Eu, Joceli, Beatriz, Aninha e Sandra

Chegamos e claro fomos pular na neve, fazer bonequinhos e "esquibunda" (escorregar no gelo). Divertimos-nos feito crianças. O dia estava luminoso, mas fazia um frio intenso e o vento colaborava para esfriar mais ainda.

Para esquentar fomos tomar um delicioso chocolate quente. Eles colocam pedacinhos de chocolate no leite fervendo, é uma delícia.

Aí, eu e Sandra (foto) decidimos subir até a última parada a 2.400 metros. Os demais resolveram nos esperar no restaurante, pois não quiseram enfrentar o frio. Pegamos outro teleférico e fomos subindo. É de tirar o fôlego a vista lá de cima, o lago azulado e a vegetação verdinha entremeada com a brancura da neve. Senti-me como se estivesse visitando o Papai Noel.
Chegamos ao cume duras de frio e demos uma voltinha para fotografar. De repente um esquiador passou a milímetros de mim e o vácuo provocado quase me derrubou no abismo.

A Sandra se assustou e eu com as pernas bambas sentei para me recuperar. Com o coração aos pulos decidimos descer antes que outro maluco nos atropelasse.

Malu Pedarcini

terça-feira, 12 de abril de 2011

No Cerro Catedral

Tiramos um dia para um passeio ao Cerro Catedral onde são praticados os esportes de inverno. Alugamos roupa especial e ficamos esperando a van que viria nos buscar sentados na frente do hotel. Estávamos irreconhecíveis com aquela roupa, gorros, cachecóis, botas, luvas, óculos escuros, etc. De repente parou um carro na frente do hotel e dentro algumas japonesas. Ficaram nos olhando fixamente e apontaram para a Bia. Digo sempre que o mundo é pequeno, pois não é que as meninas eram colegas dela lá do Banco do Brasil e nem sabiam que ela estava em férias também.
A nossa condução chegou e fomos para o passeio.
 Eu, Sandra e Aninha, aguardando para subir no Cerro Catedral

Quando chegamos ao sopé da montanha ficamos maravilhados. À primeira vista os picos de suas montanhas se parecem com torres de catedrais medievais de estilo gótico. Por isso o nome Cerro Catedral. O Cerro a 19 km da cidade de Bariloche é a porta aberta para os ansiosos do mundo todo que gostam de aventurar-se nos esportes de inverno.
 Zacca, eu, Aninha, Bia e Joceli

A 1030 metros de altura sobre o nível do mar, o Cerro Catedral parece unir o céu e a terra. Uma das pioneiras em estações de esqui da América do Sul, hoje é a mais completa. Divide-se em 53 pistas sinalizadas e de diversas dificuldades que chegam aos 2.000 metros de altura sobre o nível do mar.
Com opções para todas as modalidades de esqui, incluindo fora de pista, os que gostam de praticar um freestyle e snowboard têm uma área especialmente desenhada com bumps e rails para demonstrar suas habilidades. Cerro Catedral também é cenário para as mais importantes competições internacionais.

Malu Pedarcini

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O dia em que nos fartamos de comer chocolate

Bariloche é o paraíso dos chocólatras. Existem fábricas e lojas com os mais variados e saborosos chocolates. Estávamos caminhando pela Mitre e vimos em um café local dois rapazes lá dentro bebendo. Eram uns tremendos gatos. Ficamos babando e olhando pelo vidro lá do lado de fora. Aí a Joceli e a Sandra resolveram fazer uma proposta para mim, Aninha e Bia. Disseram que se fóssemos falar com os tais rapazes elas nos dariam uma caixa de chocolates. Dissemos que falaríamos sim, mas queríamos uma caixa para cada uma. Elas concordaram e acharam que não teríamos coragem. Entramos no café e elas ficaram lá fora nos observando.
E agora, o que faríamos? Tínhamos aceitado o desafio, não podíamos voltar atrás. Sentamos à mesa, pedimos chocolate e resolvemos traçar nossa estratégia. Como chegaríamos aos caras sem constrangimentos. Elas tinham determinado que deveríamos falar com eles, mas não tinham especificado o que devíamos falar. Então resolvemos usar a inteligência a nosso favor. Tomamos nosso chocolate calmamente enquanto elas passavam o maior frio lá fora e decidimos pedir uma informação para os rapazes. Chegamos neles e perguntamos se eles sabiam onde se localizava o posto dos correios. Eles começaram a explicar e apontar para fora, bem na direção de onde elas estavam. Para ficar mais real também apontávamos para fora e gesticulávamos como a apontá-las.
Depois de um tempo agradecemos aos rapazes e saímos. Fomos cobrar nossos chocolates, pois tínhamos ganhado a aposta. Dissemos a elas que contamos aos meninos que elas tinham duvidado que falaríamos com eles. Aí para ilustrar ainda mais a cena dissemos a elas: "vocês não viram eles apontando nesta direção?"
E elas: "sim vimos".
"Pois então, eles queriam saber quem eram as garotas que tinham nos desafiado e nós dissemos para eles." Elas ficaram morrendo de vergonha. Quando ficamos sozinhas rimos a valer. Até hoje elas nem desconfiam da nossa armação para ganhar os chocolates.

Malu Pedarcini

terça-feira, 5 de abril de 2011

Tapas e beijos

Bia, Aninha, Zacca e eu, no Hotel Aconcágua, em Bariloche
Em Bariloche gastamos nosso rico dinheirinho na tradicional Rua Mitre: casacos, gorros, óculos, artesanato e muitos sedutores chocolates arrastaram nossos últimos trocados. E valeu à pena. Por conta das minhas compras tive uma briga horrível com o Zacca que começou a criticar a mim e a Joceli, pois havíamos comprado dezenas de malhas. Fiquei furiosa, pois ao chegar ao hotel com as sacolas, ele sem pedir licença, foi abrindo tudo e espalhando sobre a cama dizendo que éramos loucas, onde íamos carregar tudo aquilo. Respondemos que não era da conta dele e que daríamos um jeito.
Fazendo comprinhas no shopping

Após este incidente saímos para almoçar e ele continuou nos provocando. Estávamos comendo e ele desandou a falar em coisas nojentas, desagradáveis. Pedi diversas vezes para ele parar e nada. Aí peguei a faca de cortar carne que estava sobre a mesa e quase cortei os dedos dele. Sorte que ele foi mais rápido do que eu e felizmente não sofreu nada. Mas valeu o susto porque a partir daí parou de me provocar. Voltamos para o hotel e dali a cinco minutos ele já estava falando novamente comigo como se nada tivesse acontecido. Perguntei se ele não tinha vergonha e ele disse que não, pois éramos feito irmãos e irmãos brigavam mesmo e faziam as pazes. Acabei rindo da situação, pois ninguém conseguia ficar com raiva dele por muito tempo. Aliás, a minha relação com esse meu amigo querido sempre foi assim, brigávamos, mas não conseguíamos ficar longe um do outro. Quando ele foi embora para uma outra dimensão levou com ele um pouco da minha alegria. Até então eu não tinha consciência do que era perder alguém que a gente ama. Às vezes bate uma saudade imensa quando penso nele e choro escondido, pois sei que ele não ia gostar de me ver chorando, pois era a alegria em pessoa. Procuro pensar que ele foi fazer uma grande viagem e um dia vou encontrá-lo e então lembraremos todas as peripécias que vivemos juntos.

Malu Pedarcini

domingo, 3 de abril de 2011

A travessia dos lagos

Seguimos em direção à Bariloche a bordo do catamarã El Condor. O segundo lago da travessia já é o braço Blest, que se emenda com o magnífico lago argentino Nahuel Huapi até desembarcar em Puerto Pañuelo, em Bariloche.

Apesar do nome El Condor, quem segue o catamarã são as gaivotas que disputam pedaços de bolachas das mãos dos turistas.

Apesar do frio ficamos um tempão lá fora observando e alimentando as gaivotas que nos seguiam. A sensação térmica é de 1ºC, mas vale ficar com o braço estendido e ser escolhido por uma delas. Ao voltar para dentro do barco, o merecido chocolate quente ganha um sabor especial.

A Suíça dos brasileiros, São Carlos de Bariloche, ou só Bariloche (que recebe 600 mil turistas por ano), é o destino final dessa travessia dos Lagos Andinos. A cidade foi fundada em 1902 por alemães e suíços, como comprova a sua arquitetura.

Mas a praça principal, conhecida como Centro Cívico, tem estilo espanhol, com a típica igreja rodeada por edifícios públicos. Esta fica de frente para o lago Nahuel Huapi.

Malu Pedarcini