domingo, 26 de setembro de 2010

Elis, a Pimentinha

Menina precoce, já sabia o que queria desde que passou a perceber as coisas do mundo. Com apenas 16 anos já havia gravado o seu primeiro disco. Tinha uma técnica e domínio vocal impressionantes. A baixinha que ganhou o apelido de “Pimentinha” de Vinícius de Moraes tinha personalidade, gênio forte. Corajosa, fez severas críticas a ditadura militar, seja em palavras ou na música que cantava. Atribuem a ela uma declaração em que diz que os militares que governavam o País não passavam de gorilas. Definia-se como uma “menina velha” e sempre dizia que pouquíssimos a conheciam. "Sempre vou viver como camicase. É isso que me faz ficar de pé". Por aí, dá para perceber a mulher cheia de paixão que era Elis Regina. Colecionadora de sucessos, conhecida internacionalmente, morreu precocemente aos 36 anos, trancada em seu quarto, vítima da cocaína.
Deixou desolados milhares de fãs. Vinte e cinco mil deles compareceram ao velório no Teatro Bandeirantes para se despedir daquela que foi sem sombra de dúvida a voz mais perfeita e marcante da música popular brasileira.

Malu Pedarcini

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