terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Noel, o poeta da Vila

Nasceu em uma família de classe média, dessas que sonham em ver o filho médico ou advogado. Mas, o menino não dava prá isso não. Desde cedo o batuque dos morros o atraia e ele se apaixonou perdidamente, não por uma mulher, mas pelo samba.
Branco, vivia no meio dos negros, nos bairros pobres, nas favelas, e seu talento pode ser apreciado quando em 1929, com Almirante e João de Barro, o Braguinha, formaram o Bando de Tangarás.
Começaram com canções inspiradas no Nordeste brasileiro, porém o sangue do menino da vila estava impregnado pelo ritmo dos negros, da marginalidade.
Compôs sambas belíssimos e revolucionou o gênero, como a imortal “Com que Roupa”, composta em 1931, que foi considerada um marco na musicografia brasileira.
Mas, o poeta talentoso, sofria com a aparência. Franzino e considerado “feioso” por causa de um problema estético no queixo, causado na hora de seu parto (teve o queixo quebrado ao nascer por fórceps), ainda assim não se abateu e nos seus poucos anos de vida produziu cerca de 230 canções.
Noel Rosa, morreu aos 27 anos, com apenas oito anos de carreira e não foi enterrado com “uma fita amarela”, mas com certeza o seu nome ficou gravado não somente com o nome dela, mas com o nome de seus milhares de fãs.

Malu Pedarcini

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