quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Rita, a tia do rock

Ela é a rainha do rock brasileiro e se autointitula femealista, ou seja, uma fêmea feminista. Autora de músicas bem-humoradas, essa ruiva, filha de americano com brasileira, está com o mesmo homem há três décadas e casou-se de papel passado depois de 20 anos de casamento. Sobre isso afirma que quando a paixão cega se transforma em amor telepático é que a coisa fica boa, e complementa “Existe, porém, o perigo da paixão inicial se transformar em ódio e daí a solução é partir para o “delete” total, já vi isso acontecer com os melhores casais do ramo”.
E explica que o casamento no papel significou um ritual de confirmação da paixão transformada em amor.
Sobre a ocupação feminina em um mundo tipicamente machista tem uma tese divertida. Diz que as mulheres estão usando uma estratégia bem simples. “Colocamos no mercado talentos rebolantes repletos de peitos e bundas deliciosos para distrair a atenção dos machos, enquanto isso o talento pensante feminino trabalha em silêncio e toma o poder (ou seria phoder?).”
Confessa que depois da música o que mais curte é o computador, tanto que causou polêmica recentemente ao fazer comentários pelo Twitter sobre o bairro de Itaquera e o estádio do seu Coringão que lá será construído.
Certa vez perguntaram-lhe se a coragem era uma característica feminina e ela respondeu na lata “É preciso ser muito macho para ser mulher.”
Esta é Rita Lee, típica paulistana, o retrato de sua mais completa tradução. Rita que é forte, que é mulher, que é mãe, que é puro rock e dos bons.

Malu Pedarcini

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